O Dia da Visibilidade Trans, comemorado no Brasil em 29 de janeiro, neste ano, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), reflete uma nova realidade que tem potencial de ampliar a inclusão de pessoas trans na Academia. Desde outubro passado, os programas de Pós-Graduação da Universidade contam com uma Política de Ações Afirmativas que inclui pessoas pretas, pardas, indígenas, com deficiência e outras categorias de vulnerabilidade social, que podem incluir também travestis, transexuais e transgêneros.
>> Saiba mais sobre as políticas de Ações Afirmativas na Pós-Graduação
Laura Martendal é aluna de mestrado, no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFSC. Ingressou para o semestre 2021.1, por meio das Políticas de Ações Afirmativas. “Para mim, a política de cotas na pós-graduação de uma universidade federal como a UFSC, permite que as mulheres e homens transexuais passem a ter voz, como verdadeiros protagonistas dos estudos que dizem respeito às nossas trajetórias e realidades dentro do mundo acadêmico, seja no mestrado, seja no doutorado”.
O respeito à identidade de gênero, defende Laura, deve começar com o docente. “O reconhecimento e o respeito às diferenças, devem partir, dentro de sala de aula, do professor”. A identidade de gênero está ligada ao modo como o indivíduo se reconhece – mulher, homem, ou não-binário (que não se vê como apenas uma coisa ou outra). A identidade de gênero pode ou não estar ligada ao sexo biológico (que corresponde aos órgãos sexuais, cromossomos), ou à orientação afetiva sexual, (lésbicas, gays, bissexuais e heterossexuais).
(mais…)