Gráficos: dados sobre mulheres na UFSC destacam importância da busca de igualdade
Confira alguns dos indicadores associados à representação feminina na Universidade Federal de Santa Catarina. Clique sobre o gráfico para ampliá-lo.
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Efeito tesoura é o termo utilizado para ilustrar como as mulheres vão perdendo espaço nas estatísticas relacionadas às ciências, com o passar dos anos. É como se elas fossem, pouco a pouco, expulsas da carreira, sem conseguir chegar ao topo. Também chamada de “teto de vidro”, a metáfora ilustra que, por mais que vejam e queiram chegar às posições mais altas, meninas e mulheres enfrentam barreiras inevitáveis pelo caminho.
O trecho em destaque em relatório da Unesco traduz, na prática, a importância do efeito borboleta para a carreira das meninas e mulheres nas ciências. Quando a escola bate as asas na construção das oportunidades, forma cientistas capazes de intervir na realidade. Quando a universidade faz o mesmo, o efeito tende a ser a inclusão e a diversidade nos diferentes espaços profissionais.
Na UFSC, há, atualmente, 870 alunas com bolsas de iniciação científica, o que representa 55,05% do total. As mais jovens nasceram no ano de 2002 e ainda não completaram 20 anos de idade. Pode parecer um ingresso precoce, mas representa, na verdade, uma quebra de paradigma – segundo o mesmo documento divulgado pela entidade internacional, o gap entre mulheres e homens na carreira é ocasionado por “normas sociais, culturais e de gênero, que influenciam a forma como meninas e meninos são criados, como aprendem e como interagem com seus pais, com sua família, amigos, docentes e com a comunidade como um todo”.
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O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode ocasionar um tornado no Texas. A metáfora do efeito borboleta, popularizada pelo cientista norte-americano Edward Lorenz, se referia a como alterações em determinados sistemas podem resultar em eventos inesperados, mas passou a ser aplicada para discussões cotidianas sobre causa e consequência e sobre como determinadas escolhas são capazes de modificar o curso de uma vida.
Em 2016, seis anos depois de ingressar como acadêmica de Química na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pesquisadora Marília Reginato de Barros foi premiada no Seminário de Iniciação Científica da Universidade, na categoria Ciências Exatas e da Terra, com um trabalho que consistia no desenvolvimento de novos adsorventes a base de matrizes de sílica. Hoje, mais de quatro anos depois, ela está no último ano de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Química, buscando soluções para a contaminação de água por pesticidas. Marília atuou como bolsista em todas as etapas da carreira.
A borboleta já batia as asas quando Marília entrou na graduação e se viu inspirada por professoras e pesquisadoras. Quando reconstrói a própria trajetória, cita pelo menos três: sua primeira orientadora, Hérica Magosso, a orientadora no mestrado e doutorado, Cristiane Luisa Jost, e Rosely Peralta. Elas são parte das estatísticas que vêm se revelando cada vez mais importantes no mundo acadêmico: a das mulheres e meninas nas ciências, celebradas neste 11 de fevereiro, dia internacional do calendário da Organização das Nações Unidas.
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